sábado, 26 de janeiro de 2019

O desastre de Brumadinho e o eclipse lunar

Ontem ocorreu o rompimento da barragem de Brumadinho em Minas Gerais. O evento foi desastroso e nos lembra do outro rompimento de barragem ocorrido em Mariana, no dia 5 de novembro de 2015, também na região de Minas Gerais. Logo que fiquei sabendo do ocorrido em Brumadinho, me veio à mente o eclipse do dia 21 de janeiro, quatro dias antes do evento. Decidi então estudar esse caso e compartilhar aqui minhas observações, que seguem logo abaixo:

(1) O eclipse do dia 21, além de ter se dado em um signo de água, dentre os dez tipos de eclipses mencionados por Varāhamihira em seu Bṛhat saṁhitā, era um avamardana (aniquilador), o qual "destrói governantes e países". Esse mesmo eclipse também ocorreu no dia 28 de setembro de 2015 no signo de peixes, à um mês e alguns dias do evento em Mariana. Nos dois casos, além dos eclipses terem sido visíveis no Brasil e do tipo avamardana, eles também se deram em signos de água durante o perigeu lunar (máxima aproximação da Terra).

(2) O meṣa praveśa, mapa do ingresso solar em áries que ocorreu em 14 de abril de 2018 contém dois maléficos no ascendente: Maṅgala (Mar) e Śani (Sat), o que já aponta para eventos cruéis ao longo do ano, como os incêndios que ocorreram na cidade de São Paulo e no Rio de Janeiro, as manifestações populares, assassinatos e tumultos causados durante a campanha eleitoral e também o atentado em uma das igrejas de Campinas. Mas além disso, notem que a quarta casa (terras, tanques, etc.) contém o regente de oito, Chandra, já bastante minguante e conjunto a Budha (Mer) retrógrado e debilitado. Sūrya (Sol) também ocupa a quatro, enquanto Maṅgala está olhando a casa. Tanto a greve dos caminhoneiros, os incêndios em SP e RJ quanto também o evento de Brumadinho me parecem bastante claros a partir disso.

(3) Sobrepondo os posições do dia do eclipse sobre o meṣa praveśa de 14 de abril de 2018, tudo fica ainda mais claro, pois Maṅgala está em peixes, ou seja, alcançou a quarta casa do meṣa praveśa, com o regente da quatro, Guru, tendo alcançado escorpião, a doze do mapa de ingresso. O eclipse, por sua vez, se deu na oitava, que tem relação direta com desastres. Além disso, ontem Chandra alcançou virgem, se aplicando aos olhares de Maṅgala e Śani a esse signo.

Junto do estudo desse evento ocorrido em Brumadinho, fiz uma análise semelhante do caso de Mariana, o que me ajudou a chegar a essas conclusões. Me impressiona, inclusive, o fato de ambos os eclipses que precederam tais eventos terem sido tão semelhantes, sendo que ambos afetaram a região de Minas Gerais. Acredito que o mapa de fundação da capitania de MG (ou algum outro) poderia ajudar a compreender o porquê disso, mas não sei se alguém chegou a determinar o ascendente apropriado para o evento, que se deu em 12 de setembro de 1720.

oṁ tat sat

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