Os dṛṣṭis, traduzidos como "olhares", são os aspectos da
astrologia indiana. Eles não diferem tanto dos aspectos da astrologia ocidental
(helenística, perso-árabe, europeia, etc.), exceto pelo fato de que são
atribuídas forças específicas a cada tipo de dṛṣṭi, ao passo que sua irmã astrológica não faz distinções claras
ou matemáticas entre um aspecto e outro.
Trígonos, sextis,
quadraturas e oposições são vistos na astrologia ocidental como aspectos de
diferentes qualidades e intensidades, certamente, mas não ao ponto de se
determinar que um trígono tem 50% de influência, um sextil 25%, etc., como faz
o jyotiṣa.
Varāhamihira, por
exemplo, cita que todos os grahas
olham a sete a partir deles com 100% de influência, a quatro e a oito com 75%,
cinco e nove com 50%, três e dez com 25%. As exceções, no caso, são Maṅgala
(Mar), Guru (Jup) e Śani (Sat), onde Maṅgala também olha a quatro e a oito com 100% de influência,
Guru faz o mesmo com a cinco e a nove, enquanto Śani, com a três e a dez.
Os nomes que são dados
a esses dṛṣṭis de diferentes influências
é pūrṇa (100%), tripada (75%), dvipada
(50%) e ekapada (25%). Inclusive, a
questão das orbes (dīptāṁśa) de influência de um dṛṣṭi,
determinadas a partir da distância longitudinal entre o graha que lança o dṛṣṭi (draṣṭa) e aquele que o recebe, não foram
explicitadas na maior parte dos textos clássicos. Varāhamihira, Kalyāna,
Mantreśvara, Vyankateśa, Vaidyanātha, etc., não mencionaram as orbes de
influência dos dṛṣṭis. Em virtude
disso, muitos astrólogos tomam os dṛṣṭis
baseados em signos inteiros. Ou seja, independente do grau ocupado por Guru,
por exemplo, seus dṛṣṭis de 100% de
influência abrangerão todo o quinto, sétimo e nono signo a partir do mesmo e o
que quer que esteja ali.