O doṣa vāta (predominado pelo "vento") pode ser relacionado a dois grahas: Śani e Budha (tridoṣa,
no entanto, um pouco mais vāta), onde
Śani representa o aspecto vāta mais
negativo e doente, enquanto Budha, o aspecto positivo e saudável. Além disso,
os dois nodos, Rāhu e Ketu, são definidos por Parāśara como vāta, embora Ketu também tenha algo de pitta, no entanto, para manter a
concisão do artigo, não entrarei em detalhes a respeito desses dois grahas.
Um indivíduo terá uma
constituição vāta quando os grahas acima mencionados forem
encontrados influenciando o lagna, lagneśa, Sūrya, Chandra ou estiverem
fortes a ocupar os ângulos do mapa. Esses mesmos grahas em dusthānas ou
relacionados aos seus senhores também podem gerar desequilíbrios
característicos desse doṣa. Além
disso, os signos de Budha (gêmeos e virgem) e Śani (capricórnio e aquário) no lagna ou proeminentes de alguma forma naturalmente predispõem a uma natureza vāta.
A descrição que é dada
das qualidades de vāta nos clássicos
de āyurveda envolvem frio, secura,
leveza e mobilidade, principalmente. No corpo, ele preside o sistema nervoso, o
processo de excreção e todas as outras formas de movimento, estando principalmente situado no intestino grosso e se dividindo ao longo do corpo em cinco vātas
ou vāyus: udāna vāyu, prāṇa vāyu, samāna vāyu, apana vāyu e vyāna vāyu,
que cuidam de diferentes processos envolvendo sempre mobilidade física ou
psicológica.
Um indivíduo vāta é caracterizado fisicamente pela
irregularidade, ou seja, são muito altos ou muito baixos, os dentes podem ser
mal formados, tortos e espaçados entre si, a feição pode ser assimétrica, etc.
Além disso, são ossudos e magros, com juntas e veias geralmente aparentes,
digestão e apetite irregular, pele seca, rachada ou áspera, olhos pequenos,
cabelo ondulado ou crespo e outras características provenientes das qualidades
próprias de vāta como secura,
mobilidade e irregularidade.