Os planetas são
designados por meio de diferentes nomes, os quais guardam consigo significados
expressivos quanto a natureza desses. Abaixo listo alguns desses nomes de
acordo com dois textos clássicos, o Horā sārā (HS) de Pṛthuyaśas e o Jātaka
pārījāta (JP) de Vaidyanātha.
Sūrya (Sol)
HS: Āditya (pertencente
ou proveniente dos Ādityas; o filho de Āditī), Ārka
(pertencente ou relativo ao sol), Ravi (sol; canal direito do corpo por onde o
prāṇa se move), Bhāskara (brilhante; ouro), Divākara (aquele que é a causa do
dia), Mārtāṇḍa (um pássaro), Savita (vem de savitṛ que significa vivificador),
Sūrya, Tīkṣṇāṃśu (que possui raios quentes) e Ina (glorioso; poderoso;
corajoso, determinado; senhor).
JP: Heli (similar
a Helyum, o deus sol dos gregos), Tāpana (que ilumina, queima e causa dor),
Dinakartṛ (que gera o dia), Bhānu (mestre; esplendor), Pucha e Aruṇa (vermelho;
rubi; alvorecer).
Chandra (Lua)
HS: Chandra, Śaśāṇka
(tímida), Vidhu, Soma, Niśākara (aquele que causa a noite), Sitāṁśu (com raios
frescos e agradáveis), Udunātha (senhor das estrelas - nakṣatras) e Indu.
JP: Soma (néctar, pode
referir-se também a planta soma), Sitadyuti (de um brilho puro), Uḍupati
(senhor das estrelas, semelhante a Udunātha), Glou (lâmpada arredondada,
cânfora), Indu (noite) e Chandra (brilhante).
Maṅgala (Marte)
HS: Ārā (serra), Vakra
(que segue em movimento retrógrado, também pode significar torto), Mahīja
(nascido da terra), Rudhira (sangue), Rakta (carmesim), Aṅgāraka (carvão) e
Krūradṛś (de um olhar terrível).
JP: Ārā, Vakra,
Kśitija (filho da terra, como Mahīja), Rudhira, Aṅgāraka e Krūranetra
(tem o mesmo significado que Krūradṛś).
Budha (Mercúrio)
HS: Saumya (gentil),
Vid (compreensão), Jña (consciência, conhecimento), Budha (sábio, desperto),
Somaja (filho de Soma), Bodhana (instruir, ensinar), Kumāra (menino, príncipe)
e Vidhusuta (outro nome para designá-lo como filho de Chandra).
JP: Saumya, Budha,
Vid, Bodhana e Induputra (filho de Indu, sendo Indu outro nome de Chandra).
Guru (Júpiter)
HS: Jīva (vida),
Aṅgīrasa (descendente de Aṅgīra, um sábio), Suraguru (guru dos piedosos), Mantṛ (conselheiro), Vāchaspati (senhor da fala), Ārya (Ārya é o melhor, aquele que
segue o dharma), Bṛhaspati (guru dos Devas), Sūri (homem culto, pensador) e
Vāgīśa (eloquente, um poeta, mestre em línguas).
JP: Mantṛ,
Vāchaspati, Guru (que remove a escuridão da ignorância com a luz do
conhecimento), Surāchārya (é como Suraguru, mas em vez de guru, ele é chamado
de āchārya, aquele que ensina com o seu exemplo), Daivejya (professor dos
devas) e Jīva.
Śukra (Vênus)
HS: Bhṛgu
(refere-se ao sábio Bhṛgu Muni), Bhṛgusuta (filho de Bhṛgu), Sita (puro,
branco, pálido), Uśanā (dotado de desejos), Daitya Pūjya (venerado pelos
demônios), Kāvya (poeta) e Kavi (sensato, sábio).
JP: Śukra (puro, brilhante,
sêmen), Kāvya, Sita, Bhṛgusuta, Accha (que não é escuro, mas transparente) e Dānavejya
(mestre dos dānavas – demônios).
Śani (Saturno)
HS: Manda
(preguiçoso, inativo), Śani (lento, ouro), Kṛṣṇa (negro, escuro), Sūryaputra
(filho de Sūrya), Yama (restrição, limites), Paṅgu (manco), Śanaiśchara (que
caminha ou se move lentamente), Sauri (refere-se a Saturno), Kāla (tempo) Chāyāsuta
(filho da sombra).
JP: Chāyā
(sombra), Sūnu (aquele que incita), Taraṇī tanaya (filho de Sūrya – Taraṇī),
Koṇa (canto, ângulo), Śani, Ārki (filho ou descendente de Sūrya que é chamado também de Ārka) e Manda.
Rāhu
HS: Tamas (o modo
da ignorância e da inércia), Asura (aquela que não tem luz, ou auspiciosidade,
um demônio), Svarbhānu (o Asura que roubou o néctar dos Devas), Vidhuntuda (que
perturba a Lua), Pāta (que está decaindo), Saiṁhikeya (descendente de Siṁhikā),
Bhujaṇga (serpente, cobra) e Ahi (equivalente a Sarpa que também significa
cobra).
JP: Sarpa (outro
nome para designar uma cobra), Asura, Phaṅin (dotado de capelos), Tamas,
Saiṁhikeya e Agu (pobre, destituído de raios).
Ketu
HS: Sikhi, Dhvaja
(bandeira), Dhūma (fumaça, santo) e Mṛtyuputra (filho da morte).
JP: Dhvaja, Sikhi
e Ketu (bandeira).
Om Tat
Sat
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