sexta-feira, 29 de junho de 2012

Dala yogas e os Kendras


          Os Kendras são os ângulos do mapa, as casas 1, 4, 7 e 10, também chamados Narayana Sthana, os locais onde Narayana se senta como o preservador e o reservatório de todas as opulências (Aisvarya).
          Cada Kendra tem relação com uma das quatro metas (Ayanas) da vida: Dharma (Lagna), Artha (10), Kama (7) e Moksha (4) e, portanto indicam como realizamos e sustentamos estas metas. Os planetas situados em ângulos tem uma influência determinante no mapa, e são dotados com Kendra Bala (força advindo de sua posição angular), uma das fontes de força mais importantes na análise de um horóscopo. Eles irão determinar papéis aos quais nos identificamos e lutamos para sustentar, tal qual Narayana, o preservador. Logo, se alguém dispõem de Saturno angular em Capricórnio, logo notaremos uma natureza dura, dada a rumar e que causará temor. Esta natureza estará presente na maneira como o nativo conduz sua vida de um modo geral, pois este é um papél com o qual ele se identifica e luta para suportar.
          Os Kendras determinam 'os ventos que sopram', o fluxo geral da vida, logo os Kendras que estiverem ocupados por planetas determinarão papéis e metas as quais o nativo luta para sustentar. Se alguém conta com uma concentração de planetas na décima, então é Artha, sustentar sua carreira e status social. Se for o Lagna, então saberemos que o nativo procura sustentar seu caráter e ideais pessoais. Dessa forma, podemos determinar que ventos ditam a vida do nativo. Porém, para melhor compreender isto, é importante ter conhecimento das chamadas Dala yogas ensinadas por Parasara no capítulo de Naabhasa yogas.

Dala yogas
       
        Dala se refere a uma pétala que se desenvolve, são yogas de dois tipos, Sarpa e Mala, os quais se formam a partir dos planetas que ocupam os ângulos. A análise deste yoga é extremamente importante, assim como toda a análise de Naabhasa yogas que formam a base pela qual se pode interpretar um mapa.
            
          Mala yoga – Mala é traduzido como colar, roseira e se dá quando três ou mais benéficos ocupam os ângulos. Este yoga confere a vida um ritmo agradável, suave e auspicioso. O nativo desfruta de confortos, riquezas, instrução e boa fama, tudo que conquista tende a ser duradouro e a vida é próspera. Embora sejam exigidos três ou mais planetas para que se constitua este yoga, se um nativo possui um ou dois benéficos em ângulos ou se possui mais benéficos do que maléficos, podemos determinar que sua vida estará mais inclinada a um ritmo suave e de boa fortuna como o presente na Mala yoga.
           
          Sarpa yoga – Sarpa indica uma serpente, se dá quando três ou mais maléficos ocupam ângulos, podendo ser aplicadas as mesmas regras acima citadas para uma análise geral. A Sarpa yoga é um yoga que causa grandes dificuldades na vida do nativo, sendo que esta se desencadeia de forma sofrida e arrastada, com uma série de obstruções e infortúnios. As dificuldades experimentadas são de longo prazo e a vida exige esforços extenuantes. Pois, assim como a serpente troca de pele, aqueles que possuem este yoga estão a deixar a velha pele para trás, visto que os planetas maléficos são Tama Guna e estão relacionados ao processo de transformação e destruição, presididos na Trimurti por Shivaji. Logo, nesta vida o nativo esta a colher os frutos de seus pecados passados e tem a incumbência de queimá-los através do sofrimento experimentado, sendo este um duro processo de maturação. Parasara indica a dependência de outras pessoas àqueles que possuem este yoga.

Fontes:
- Core Yogas - Ernst Wilhelm


Radhe Syam

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