quarta-feira, 7 de maio de 2025

Cursos online de Astrologia Védica para o segundo semestre de 2025 - inscrições até 10 de julho

Abrirei no mês de julho novas turmas para os meus três cursos online de Parāśarī jyotiṣa, de nível I, II e III, e para o curso Essência do Jaimini jyotiṣa. No caso do curso de Parāśarī, o de nível I é o de fundamentos básicos do jyotiṣa, o de nível II é o curso de yogas, as configurações dos grahas, enquanto o de nível III é o de técnicas preditivas como daśās, trânsitos e revolução solar (varṣaphala).

A data máxima para inscrição vai até o dia 10 de julho, portanto, os interessados devem se inscrever neste link de pré-inscrição, caso o interesse seja no curso de nível I, ou me contatar via e-mail (jyotishabr@gmail.com) ou whatsapp (12997494931 ou neste link) para os demais cursos. As datas de início das turmas, a princípio seriam as seguintes – o que pode ser modificado conforme a necessidade e disponibilidade dos alunos:

14.07 às 9h – Fundamentos básicos

16.07 às 9h – Yogas

17.07 às 9h – Técnicas preditivas

[data e horário a combinar com os interessados] - Jaimini

Como os cursos são online e gravados, aqueles que não podem comparecer às aulas online poderão acompanhá-lo por meio das gravações e grupo do Whatsapp.

Abaixo dou maiores informações sobre cada um dos cursos separadamente, o que inclui valores:

 

NÍVEL I - FUNDAMENTOS BÁSICOS DO JYOTIṢA

Esse curso é focado no método descrito por Varāhamihira em seu Bṛhat jātaka e que foi expandido na Sārāvalī, Phaladīpikā e Jātaka pārījāta, os quais integram os quatro principais textos de jyotiṣa. No entanto, também complementaremos o nosso estudo com outras referências clássicas, tais como o Bṛhat Parāśara horā śāstra e o Sarvārtha chintāmaṇi.

O curso tem extensão de quatro meses e abrange os seguintes temas:

1. Introdução ao jyotiṣa

2. Karma, reencarnação e destino (daiva)

3. Os doze signos (rāśis) e o āyanāṁśa (precessão dos equinócios)

4. Os nove planetas (grahas)

5. Olhares dos planetas (graha-dṛṣṭis)

6. Avaliando a força dos planetas (graha-bala)

7. As divisões de um signo (vargas)

8. As doze casas (bhāvas)

9. Kendras (1, 4, 7 e 10) & koṇas (5 e 9)

10. Upachayas (3, 6, 10 e 11), dusthānas (6, 8 e 12) & mārakas (2 e 7)

11. Natureza funcional dos planetas para cada ascendente

12. O processo de delineação

13-16. Aulas práticas

17. Pacificação dos planetas (graha-śāntiḥ)

sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

O ciclo de Vênus

Vênus é um planeta interior, assim como Mercúrio, pois ambos estão entre o Sol e a Terra. Devido a isso, esses dois planetas jamais ficam muito distantes do Sol do ponto de vista terrestre. Vênus por exemplo não dista mais do que 47º30’ do luminar, o que faz com que o planeta seja visível no céu antes do nascer do Sol (estrela d’Alva) ou depois do mesmo se pôr (Vésper). Devido ao seu brilho, que do ponto de vista terrestre só é inferior ao do Sol e da Lua, muitos povos antigos se atentaram ao planeta, fascinados por sua beleza. Os sumérios, por exemplo, chamavam Vênus de Inanna e registraram o seu ciclo em um elaborado mito. Os antigos egípcios chamavam Vênus por dois nomes, Tioumoutiri e Ouaiti, sendo cada um desses relacionado ao seu papel enquanto estrela da manhã e do anoitecer, o que fez com que os egípcios pensassem se tratar de dois corpos diferentes. Os gregos antigos também se confundiram a esse respeito, tratando Vênus como dois planetas, Phosphoros (o que traz a luz) durante a manhã e Hésperos (estrela da noite) durante a noite. Porém, eles posteriormente compreenderam que Phosphoros e Hésperos eram o mesmo planeta, a quem passaram a chamar então de Afrodite.

Na América Latina, os maias tomaram nota minuciosa do ciclo venusiano, integrando-o ao seu calendário religioso. Eles relacionavam Vênus enquanto estrela da manhã ao deus Quetzalcoatl e como estrela da noite a Xolotl. Similarmente, no folclore lituano Vênus era chamada de Ausrine (estrela da manhã) e Akarine (estrela da noite) em suas duas fases, onde Ausrine era encarregada de trazer água, fogo e sopa para satisfazer o Sol e a Lua, enquanto Akarine preparava a cama para que eles pudessem se deitar. Dessa forma, sob muitos nomes e mitos Vênus encontra-se presente em diferentes culturas ao redor do mundo.

Na Índia, Vênus é reconhecida, na verdade, como um deus e seu nome é Śukra (claro, brilhante ou puro). Tratado como um brāhmaṇa (sábio) e o guru dos asuras (demônios), Śukra está relacionado ao caminho da sensualidade (kāma) o qual enreda o ser, cegando-o à realidade da alma – fator esse que explica porque o Sol, enquanto significador da alma (ātmākāraka), se debilita no signo de libra, uma das duas regências de Vênus. No entanto, é importante salientar que Vênus é também o planeta relacionado ao amor, a beleza e a harmonia, as mais elevadas aspirações humanas.