quinta-feira, 19 de março de 2020

Corona vírus: uma perspectiva astrológica

De uns dias para cá muitas pessoas tem me solicitado uma explicação astrológica sobre o que está ocorrendo no mundo, portanto, decidi escrever algo do que percebo.

Em 26.12.2019 ocorreu um eclipse solar em sagitário, envolvendo também Júpiter em uma orbe estreita com a dos luminares. Esse eclipse foi visível na Ásia e também na Austrália. A princípio, por Júpiter participar da configuração e Saturno estar distante longitudinalmente, embora também em sagitário, minha ideia foi de que esse não seria um eclipse tão negativo assim, pois há instruções nas escrituras de astrologia que dizem que quando um benéfico predomina sobre um eclipse, seus efeitos serão positivos. Bem, ocorreu o contrário, o efeito foi muito negativo, pois na Austrália ocorreram incêndios gigantescos, enquanto que na Ásia surgiu o corona vírus, justamente no fim do mês de dezembro.

Creio que a razão de Júpiter não ter amenizado os efeitos do eclipse se deve ao fato dele ter ficado combusto no dia do eclipse. Sua orbe em relação aos luminares era de apenas 2º, o que tornou essa uma combustão muito severa.

Quando há aflições significativas a Júpiter, isso afeta o ākāśa, o elemento éter, que é responsável por acomodar todas as coisas, mantendo-as unidas e em harmonia. Logo, com sua aflição, invés de harmonia, o que obtemos é exatamente o oposto: desarmonia, caos, conflitos, imoralidade e impiedade. Naturalmente, isso inclui também epidemias, pois aflições a Júpiter evocam a ira dos devas, que é uma das três fontes de sofrimento nesse mundo (as outras duas são os sofrimentos causados por nós mesmos e por outros seres). O termo sânscrito usado para se referir a isso é adhidaivika-kleśa, o que inclui todos os tipos de desequilíbrios da natureza, os quais refletem a ira dos devas (que personificam as forças da natureza) em relação a impiedade e o egoísmo humano.